segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um mundo em transformação


Não foi por acaso que o Renascimento teve início na península Itálica, centro do ativo comércio mediterrâneo e onde o pré-capitalismo teve grande desenvolvimento. Uma economia dinâmica e rica, geradora de excedentes, que pudessem ser investidos na produção cultural, era condição essencial para esse notável movimento.
A burguesia, oriunda das camadas marginais da sociedade medieval, firmou-se como grupo social de prestígio e poder ao conquistar grande riqueza. Procurando moldar a imagem da sociedade em que ocupariam posição central, os burgueses tornaram-se mecenas, investindo seu dinheiro em palácios, catedrais, esculturas, obras de pinturas. Com isso, além de procurar construir um mundo à sua feição, buscavam aproximar seu estilo de vida ao da nobreza.
Nessa empreitada, a burguesia passou a financiar artistas e pensadores que expressavam valores semelhantes aos seus, como o racionalismo e a crença nas potencialidades humanas para dominar a natureza.
O desencadear do Renascimento na península Itálica foi favorecido ainda pela presença na região de grande número de obras da Antiguidade, que serviram de inspiração para muitos artistas. A literatura e o pensamento da Antiguidade greco-romana, por exemplo, tornaram-se referencia para os escritores renascentistas e colaboraram na formação de seus valores e idéias.

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