Na sociedade renascentista, as pessoas tinham consciência de viver numa época diferente da do período medieval, que era considerada como Idade das Trevas, e por isso repudiada. Assim, opunham-se ao misticismo, ao coletivismo, ao teocentrismo e ao geocentrismo, elementos essenciais daquela cultura.
O traço marcante do Renascimento era o racionalismo, expresso na convicção de que tudo se poderia explicar pela razão e pela observação objetiva da natureza. Aos valores medievais, os renascentistas contrapunham ainda o individualismo, que valorizava as potencialidades e as realizações do ser humano, e o antropocentrismo, que colocava o indivíduo — sujeito de seu destino e a manifestação mais perfeita da natureza — como centro das preocupações intelectuais e artísticas. O racionalismo levou à busca do conhecimento da natureza e do indivíduo e, de modo ainda mais amplo, à tentativa de compreender o universo de forma calculada e matemática, dando origem ao heliocentrismo — a concepção de que o Sol, e não a Terra é o centro do universo.
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